domingo, 24 de outubro de 2010

Barcelona.

Acabo de passar por uma tentativa falha de acordar cedo para me readaptar a horários, já que amanhã é oficialmente meu primeiro dia de aulas na universidade e eu queria estar com o sono em dia. As aulas começaram dia 18, mas eu estava a aproximados 1100km de distância da sala de aula, contradizendo meus objetivos de me concentrar nos estudos.

Preciso confessar que, a princípio, Barcelona nem estava nos meus planos. Antes de vir para a Europa, tinha as minhas destinações já traçadas. Aparentemente, em linhas frágeis e variáveis, e Barcelona se aproveitou disso para se impor no meio de tantas outras escolhas. O Thomas, que conheci em Brasília em 2006, de repente propôs que fôssemos conhecer terras catalãs e eu, não menos de repente, aceitei.

Dia I
Sábado, dia 16, acordei com dor de garganta e gripada, morrendo de medo de viajar sozinha e de perder algum dos muitos transportes que tinha que pegar. O trajeto foi este: um trem de Saarbrücken para Idar-Oberstein, um ônibus de lá para Frankfurt-Hahn, onde pegaria um avião para Girona, de onde pegaria um ônibus para Barcelona. Tudo de novo na volta. E, como se não bastasse, estava tensa com medo de que a Ryanair não aceitasse a minha bagagem, já que as medidas eram ligeiramente diferentes das exigidas e ela excedia em 800g o peso-limite. No final das contas, deu tudo certo e me deixaram embarcar. No avião, sentei-me ao lado de duas senhoras alemãs tagarelas e uma delas resolveu me ajudar a pegar o ônibus para Girona, sem mesmo que eu pedisse. Ela assumiu que eu não falava espanhol e foi me arrastando pelo aeroporto a procura de informações, trabalhando arduamente como minha intérprete. Eu fiquei caladinha, rindo por dentro e achando linda a boa vontade dela.

Já dentro do ônibus, à noite, comecei a observar a paisagem e me dei conta de que a entrada de Barcelona é idêntica à Linha Vermelha do Rio de Janeiro, o que não é lá algo muito positivo. Sem querer, entreouvi a conversa de umas meninas e notei que elas eram brasileiras. Já fui logo puxando assunto (não sei por que diabos fiquei tão extrovertida na Europa) e fomos conversando até descer do ônibus. Distraída, não percebi que Barcelona estava prestes a se assemelhar ainda mais ao Rio: na bagunça para tirar a mala do ônibus, roubaram minha carteira. Já havia sido alertada sobre os pickpockets de Barcelona, mas não sabia que aconteceria comigo no primeiro segundo em que pisei na cidade. Malditos mãos-leve. Levaram meu dinheiro e meu VISA Travel Money, além de alguns documentos brasileiros. Por sorte, havia separado o cartão de crédito do meu pai e meu passaporte. Para piorar, meu celular não funcionava, porque não sabia o PIN do cartão alemão ainda, e eu não tinha o endereço do hostel. Por alguns minutos, um misto de desespero, vazio, fome e sentimento de burrice se apoderou de mim e eu fiquei completamente sem ação. Pedi uma moeda para um cara para ligar para o Thomas e a ligação não funcionou. Entrei na estação e, enquanto pensava no que fazer, o Thomas apareceu com um sorriso, um abraço forte e uma caixa de chocolates suíços. Alívio. Fomos à polícia e me disseram que era possível que devolvessem os documentos. Deixei meus contatos, mas não tive notícias até hoje.

Chegando ao hostel, um bilhetinho do Luis, que faria o meu check-in. A recepção já havia parado de funcionar e ele deixou a minha chave para que eu não ficasse na rua. Antes de dormir, fomos fazer uma caminhada na madrugada barceloneta para ver como era a vizinhança. Eu já não tinha nada a perder, mesmo! Nos sentamos no Bracafé (sim, um bar brasileiro, mas sem um item brasileiro no cardápio) e o Thomas bebeu um cerveja e comeu uma omelete típica da Espanha. Eu fiquei observando, exausta e incrédula, e pensando em como contaria para os meus pais o tamanho da minha burrice. Depois de escrever um email a eles, fui dormir.

Dia II
Acordei domingo às nove. Bem cedo, para quem foi dormir depois das duas e tinha passado por toda aquela sobrecarga emocional. E, incrivelmente, não me sentia mais tão burra por não ter colocado o dinheiro em bolsos diferentes e me decidi que não valia a pena me deixar afetar por isso. Havia uma cidade imensa me esperando lá fora. Thomas e eu saímos em direção ao Templo Expiatório Sagrada Família, o cartão-postal de Barcelona. A igreja foi projetada pelo Gaudí e está sendo construída desde 1882 e a previsão é de que fique pronta em 2026. Não vou dar detalhes históricos (vocês podem lê-los aqui), porque demoraria tanto quanto a própria construção da igreja. A minha impressão é que ela, tão grandiosa e detalhada, parece uma vela derretida. Não digo isso negativamente, de jeito nenhum. Mas que parece, parece. Não tivemos paciência de esperar na fila quilométrica para entrar no museu, mas seguimos um casal de turistas e fomos parar dentro da igreja, em plena missa. Já que estávamos por lá, assistimos a um pedaço da missa em espanhol e foi bem interessante. É realmente incrível perceber a força que a religião exerce em seus crentes. Olhando em volta, pude perceber senhorinhas impelidas à adoração, aos pés da cruz.

Na rua, em frente à Sagrada Família, uma aglomeração. Bem agarrada à minha bolsa, entrei no meio para saber o que era e me deparei com pessoas vestidas com calças coladas e blusas extravagantes. De repente, elas começavam a subir nos ombros umas das outras e... voilà! Eram os famosos Castelleros. São grupos de pessoas que se apresentam nas ruas formando pirâmides humanas. Bem bacana.


Voltamos correndo para o hostel, porque havia um passeio programado às 13h para o Parc Güell. Chegamos atrasados e as pessoas já tinham saído. O Thomas aproveitou para ir dormir um pouco e eu fiquei na recepção conversando com o Luis. Foi quando duas figuras apareceram diante de mim, me convidando para fazer Acro-Yoga no terraço. Um deles era brasileiro e a outra era espanhola e ambos faziam parte do staff do hostel. Como não estava fazendo nada e estava disposta a aproveitar cada segundo, fui "só para ver" e acabei fazendo acrobacias malucas que nunca me julguei capaz de fazer, ao som de MPB e Beirut. Isso me custou alguma dor muscular no dia seguinte, mas valeu a pena. Conheci pessoas incríveis e me senti muito mais leve.



Depois da Acro-Yoga, fomos almoçar e seguimos para o Parc Güell, também desenhado pelo Gaudí. Andamos bastante e subimos uma escadaria gigante e muito cansativa, porque o parque fica no topo de uma colina. Ao chegar lá em cima, o ódio: havia escada rolante e nós não sabíamos. De qualquer forma, valeu a pena. A vista é maravilhosa e o parque desperta a deliciosa sensação de estar em um mundo fantástico, em uma dimensão paralela. Tudo lá se funde com a natureza. As colunas que sustentam as irregulares construções são tombadas e os mosaicos vibram, coloridos. E lá se apresentam violinistas, saxofonistas, grupos musicais e dançarinos de rua. Eu me apaixonei pelo Gaudí.


Saindo de lá, o fim do dia prometia um crepúsculo bonito e fomos andando até encontrar a praia. Ao chegar ao Port Vell, porém, comecei a me sentir mal e quis ir embora imediatamente. No hostel, dormi um pouco para ver se melhorava e, à noite, já estava nova em folha. Ficamos no terraço conversando - em espanhol, quem diria - até tarde com o Rafa (o brasileiro da Yoga), a Laia e a Sophie, uma menina belga.

Dia III
Depois de esperar muito tempo até o Thomas acordar, fomos à "La Pedrera" ou "Casa Milà", também construída pelo Gaudí, desta vez para uma família da aristocracia barceloneta. Lá pode-se ver o apartamento reconstituído, além de um terraço lindíssimo e surreal, de onde se tem a vista da cidade. O interior e a decoração do apartamento remete um pouco às casas antigas de Ouro Preto, com direito a piso de cerâmica da cozinha da casa da vovó e uma casinha de bonecas que é o sonho de qualquer menina. Saindo da Pedrera, fomos ver a "Casa Batlló", a dita obra-prima do Gaudí. Exatamente por isso, o preço de entrada era absurdo (o dobro do Louvre) e resolvemos que só a fachada já bastava e era suficiente para confirmar o brilhantismo do artista. Já com fome, seguimos à orla, com objetivo de encontrar a champañería mais famosa de Barcelona, a Can Paxano. Ficamos perdidos e, depois de uma longa caminhada na beira do porto e de vislumbrarmos ao longe o "Mirador de Colón" (Colombo, para as pessoas de mente poluída), resolvemos que era inteligente perguntar. A champañería era um cantinho escuro, cheio de carne seca pendurada e estantes infinitas de cava, a champagne produzida em Barcelona. O lugar me lembrou, inclusive, o nosso Mercado Central. Pedi um bocadillo de sardinha e uma taça de cava extra e foi uma delícia, mesmo que a sardinha estivesse muito salgada e cheia de espinhos. Tendo bebido duas taças de cava, saí de lá felizinha e com uma garrafa do produto na mão, porque custava míseros dois euros e era uma delícia.


Chegando ao hostel, conhecemos mais cinco brasileiros, a Ana, o Cilnei, o Rapha (também do staff) o Jefferson e o Tiago, um escocês, o Alan, e um canadense, o Julien. Bebemos juntos a garrafa de cava na cozinha, enquanto o Luis nos ensinava a cozinhar tacos mexicanos. Estava tão bom que nos esquecemos que tínhamos combinado de ir para a boate. Resultado? Fomos assim mesmo, mas às duas da manhã. Chegando lá, a festa já estava um pouco vazia e não ficamos muito tempo mais, mesmo que a música estivesse boa.

Dia IV
Terça-feira a programação ficou toda por minha conta e eu estava louca para conhecer o museu do Miró. Ao olhar nos mapas e pesquisar na internet, vi que ele ficava perto de um castelo cuja existência eu desconhecia. E o interessante era que, para chegar tanto ao castelo quanto ao museu, era necessário pegar um tal "transporte funicular" e um teleférico! Saímos, então, depois do meio-dia, porque o Thomas demorou horas para se arrumar e o Julien ficou fazendo piada sobre isso. Antes de irmos, passamos no Camp Nou para comprarmos ingressos para o jogo do dia seguinte, FC Barcelona x FC Copenhagen. Nem estava acreditando que eu ia mesmo viver isso.

Gente, preciso confessar que morri de medo do teleférico. Parecia que a qualquer hora ele despencaria. Ao chegar lá em cima, o mar parecia ainda mais azul e o céu estava também colorido em um azul intenso. Como a vista era maravilhosa, ignoramos o tal castelo por um momento, subimos em cima de um canhão e ficamos lá, tomando sol e curtindo a paisagem.


Depois, fomos almoçar no restaurante do castelo e ganhamos uma taça de vinho. A culpa não é minha: Barcelona QUER que as pessoas bebam muito. Já de barriga cheia, fomos ver o Castell de Montjuïc. Não é bem um castelo, mas uma fortaleza que data do século 17. Não há muito o que ver, a não ser um pequeno museu sobre a história do lugar, reforçando a importância da "fomenta de la pau". É "pau" para todo lado em Barcelona. Levou um tempo até cair a ficha que "pau" significa "paz", em catalão. PAZ. Saindo do castelo, fomos ao museu do Miró. Finalmente. Foi uma pena termos chegado tão tarde, porque o museu era lindo e fecharia em uma hora. Obviamente, não deu tempo de ver tudo.

À noite, nos sentamos mais uma vez no terraço iluminado por velas, e bebemos sangría. Duas americanas, a Arjana e a Yumeko, um australiano cujo nome nunca soube, o Julien, o Rafa e o Thomas. Mais tarde, fomos todos para a cozinha, bebemos mais um pouco e lá vi uns dinamarqueses, que estavam em Barcelona só para irem ao jogo do dia seguinte. Eu tomei uma canja de galinha pronta para ver se melhorava da gripe, que a essa altura já estava fazendo lacrimejar meus olhos a ponto de eu não enxergar nada.

Dia V
Acordamos todos bem cedo e nos encontramos na cozinha, para tomarmos juntos o café da manhã e seguirmos para o Bairro Gótico. Era meu último dia na cidade e eu queria muito sair para ver tudo o que faltava, o que era impossível. Barcelona é incrivelmente grande e cultural e não dá para conhecer tudo em cinco dias. Pegamos o metrô e descemos no ponto perto de La Rambla, a rua mais famosa da cidade, onde fica uma feirinha de rua e o Grande Teatro do Liceu. O Bairro Gótico, por si só, já é lindo. Fomos à Catedral, à Praça Real, visitamos as colunas romanas remanescentes e vimos ainda algumas outras igrejas, incluindo a de Santa Creu. Foi uma longa caminhada, que acabou na orla da praia Barceloneta. Comemos uma típica paella com direito a um chupito no final. É um licor de ervas digestivo que os espanhóis costumam beber depois de comer. O negócio é forte até dizer chega. Quanto à paella, é uma DELÍCIA, mas muito difícil de comer, por causa da quantidade de conchas e ossinhos no prato.

Para finalizar, fomos caminhar na praia, o que fez a minha dor de cabeça desaparecer em um piscar de olhos. Senti a areia macia, a água gelada e a brisa, admirei as esculturas de areia e me permiti fechar os olhos para respirar o que ainda podia de Barcelona.


Cheguei ao hostel cansada e tive que dormir um pouco antes do jogo do Barça. Fomos para o jogo eu, Thomas, Yumeko, Eduardo, Cilnei e Ana. Nos sentamos em lugares diferentes. Eu e o Thomas ficamos em um assento bem lá no alto, atrás do gol. Nâo era a melhor posição para se assistir ao jogo, porque mal podíamos distinguir os jogadores. Consegui reconhecer o Puyol, por causa do cabelo e o Messi, por causa do movimento. Depois de um tempo, perguntamos para um menininho quem eram os outros jogadores. O jogo em si não foi lá grandes coisas. O Barça ganhou de 2 x 0, mas foi um pouco sem brilho. Para mim, o mais emocionante foi o simples fato de estar no Camp Nou e respirar o mesmo ar que grande parte dos campeões mundiais. E a torcida dinamarquesa era super vibrante e praticamente apagava a torcida numerosa dos espanhóis, que se limitavam a bater palmas.

Voltando para o hostel, pensei nas 3 horas de sono que me cabiam até a hora da partida. Deitei, mas quase não dormi, tamanha era a tensão. Tinha medo de pegar o ônibus noturno às 3 da manhã e ser roubada de novo, então peguei um táxi até a rodovíária. Com o taxista, uma longa conversa em espanhol sobre literatura. Ele me desejou muita sorte e se despediu com um profético "não se preocupe. Você é uma boa pessoa e será recompensada por isso..." na hora que eu desci na rodoviária. E, depois de 16 horas viajando, esperando e trocando de meio de transporte, cheguei na fria Saarbrücken. Fui recebida com uma temperatura de 0ºC e lamentei muito ter ido embora da Espanha.

Bom, chega ao fim o meu relato tão longo sobre dias tão bons. Estou com uma ligeira depressão pós-Barcelona, tentando tomar coragem para enfrentar o frio lá fora e a primeira semana de aula. Não sei como terminar o post, assim como não sei como sair verdadeiramente do espírito de férias. Então acaba assim, como se não tivesse fim mesmo.



11 comentários:

  1. ora, mas se ser "turista burro" não consiste em boa parte do segredo da coisa...! preocupa muito com isso não, pituca, porque, em situações assim, pensar demais vai te fazer perder mais do que ganhar - e olha que isso vem de um cara que pensa demais tipo o tempo todo :P

    além do mais, tem o que disse o sábio taxista-profeta: "não se preocupe. Você é uma boa pessoa e será recompensada por isso..." [2]

    além do mais [2], tô super orgulhoso de você! sério, cê tá lidando muito bem consigo mesma. não deixou a gripe atrapalhar e tá conseguindo abafar (pelo menos o bastante pra não atrapalhar muito) todos aqueles sentimentos negativos que cê tava tendo no começo...

    e a recompensa (tanto pra você quanto pra gente aqui) tá sendo todas essa histórias lindas que cê tá tendo pra contar.

    attagril! ^^ (L)

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  2. bom início de aulas pra você querida :)

    adooooooro essas suas histórias, não me canso de falar hihihi

    saudade. bejim!

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  3. eu aprendi a guardar dinheiro em partes diferentes depois que me assaltaram com uma arma na cabeça!
    É normal pegar maldade só depois de sofrê-la!
    Mas que bom que você não ficou encanada com isso.
    Barcelona pareceu muito emocionante!
    E não fique triste com 0º, podia ser pior... podia ser 35 ;D


    :***

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  4. lembrei do assalto que sofremos juntas! :S
    pelo menos o seu vc nem percebeu! hehe
    fico feliz com suas novas experiências!! pense sempre que vc terá muuuitas coisas legais pra contar pros seus filhos no futuro! hahaha

    beijão e bom início de aulas! ;)

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  5. Filha, conhecer Barcelona com vc foi uma delícia! Vc transmitiu um ótimo astral, e é assim que quero sempre te ver! Fiquei fã desta modalidade de yoga, tbm quero... bj de afundar bochecha!!! Mamãe

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  6. Barcelona é SEM PALAVRAS! Se Paris não existisse, ela seria a top com certeza! :)

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  7. FUCK YEAH EU ADORO ESSA MÚSICA
    IF GOD IS WILLING (3x)
    FRIENDS UNTIL THE EEEEEEND
    BARCELOOOONAAAAAAAAAAAA

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  8. Caramba! Que terra é essa? "Senta o pau" é "fique em paz", dinamarqueses são mais esquentados que espanhóis... eu , hein!
    Ah, e esqueça o que disse sobre você ser um monumento, fiota; agora que li o post descobri que você é um canhão!
    Mas como você é uma pessoa boa, não tem problema!

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  9. Bunitinha! Não dá tempo de eu ler tudo o que você escreve, mas você continua a mais Bunitinha de todas.

    Sinto a sua falta. Espero que esteja tudo bem por aí e que aproveite muitão!

    Vou te dar todos os abraços do mundo quando você voltar. Você vai voltar, né? Óóóóó...

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  10. Oi Filha!
    Só agora comento o que vc literalmente nos faz passear pelos lugares que conhece...
    Maravilhoso..!
    Amamos vc, seu jeito, sua espontaneidade no tratar com as pessoas, com a vida presente nos monumentos do passado...
    O do táxi disse ecrt, repito comigo mesmo, repita consigo tb...!
    O calor de Barcelona vai te aquecer por um bom tempo aí no frio de Saarbrucken.
    Bjo do seu Pai

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